Parece brincadeira. Quando eu falo que pobre é uma
“desgraça”... rs. Sabe aquela história da família que junta a grana durante o
ano inteiro; aperta dali, deixa de pagar um crediário ou outro, só para
conseguir alugar aquela casa em Mongaguá no final de ano com toda a família?
Isso mesmo, aqueeeela farofa bem organizada. Daí esperam o ano todo, pegam
aquele trânsito sensacional pra chegar ao litoral, pagam aquele pedágio absurdo
da rodovia e quando colocam o pé naquela rua esburacada, a suaves 12 km da
praia: chove. Mas não é aquela garoa de molhar bobo não... é aquela chuva de
molhar o pobre pra derrubar. Conclusão: fica todo mundo dentro da casa, fazendo
aquele churrasco molhado, as crianças na bacia com água e um pouco de sal
caseiro – pra imitar o mar. Pois é, caros amigos de minha rede social, eu e o
Paulo estamos nesse nipe. Tirando a bacia de mar artificial, estamos tipo
assim: molhados (ai delícia!!)
Exageros a parte, está chovendo pra caçamba pelos lados
cariocas. Aliás, eu nunca havia parado pra pensar no significado do nome “Rio
de janeiro”, pô... Faz todo sentido!!! Rio (água, muita água) Janeiro (este
lindo mês que agora estamos), ou seja, essa história que estamos na temporada é
verdade, mas só pode ser a temporada para pescar no rio cheio pelas chuvas do
mês de janeiro. Resumindo, tivemos que abortar a missão Angra dos Reis. Sem
condições de ficar na chuva e literalmente ilhados – a ideia era ficar em Ilha
Grande, uma hora e meia de Angra; pelo marzão. O interessante da ilha é fazer
os passeios de barco até as praias paradisíacas e as trilhas, porém como já
disse no outro post, não sou tão roots assim: cabelo molhado, mochila molhada,
barraca molhada, e sem um sol sorrindo para bronzear o meu corpitcho, não rola.
Partimos para o plano B: a trilha do sol.
Decidimos fugir em direção ao Espírito Santo e Bahia, onde a
chuva, de acordo com o meu amigo Google, tá liberando um bronze durante o dia.
Algumas observações importantes:
- · A serra das araras é fenomenal com o tempo ruim, imagina ao sorriso do sol?? Valeu super a pena só pela paisagem.
- · O Rio de Janeiro continua lindo. Fizemos um tour rápido pela cidade e descobri alguns ângulos que não conhecia. Só fui uma vez até a cidade e foi ali pelos arredores de Ipanema e nos pontos turísticos. Dessa vez, entramos pelo centro e passamos pelos túneis nas montanhas, pelos contrastes das comunidades e pontes sobrepostas. Gostei bastante do que vi. O carro e o GPS permitem esses desvios.
- · A praia da Barra da Tijuca é divina. Pelo menos estava... Mar azul, areia limpa. A Globo deve financiar a manutenção do pedaço, rs.
- · A ponte Rio-Niterói balança. Mas nada que te faça voltar e fazer a travessia a nado. E é bacana observar os cargueiros no mar, a grandiosidade de nosso capitalismo.
Passamos batidos por Búzios
também. Para passar a noite lá, teríamos que desviar uns 80 km da rota. Segundo
o Google, nada de colaborações solares amanhã, então, nada feito. O Paulo parou
no posto e brincou com a frentista sobre a quantidade de chuva. A senhora disse
que ontem estava fazendo 50°. É mole? Enfim... Neste exato momento estamos em
uma estrada que o GPS ainda não reconheceu, faz parte de uma cidadezinha
chamada “Silva Jardim”. Vamos procurar um pouso, rs. Montar a barraca nesta
altura do festival, não mesmo! Uia! Achamos uma pousada que tem o nome de
“pousada”, rs. Ficaremos aqui nesta noite, amanhã será um novo dia; com sol
espero. Tô curtindo não ter mais um roteiro, é instigante! No próximo post
conto a história do Sr. Tadeu, hiláaario!